Craig e Harry tem a ideia de entrarem para o Guinness Book, o livro dos recordes com o beijo mais longo do mundo. A missão deles é se beijar por 32 horas, 30 minutos e 47 segundos. Com certeza não é uma tarefa nada fácil, mas eles assumem a ideia e no campo de sua escola é preparado toda uma estrutura para os dois, com câmeras realizando uma transmissão ao vivo e suprimentos para as quase 33 horas de beijo.
Outro garoto que conhecemos no livro é Cooper, ele tem um passatempo muito peculiar. Conversar com estranhos em salas de bate-papo com vidas falsas que ele mesmo criou para iludir as pessoas que ele jamais irá conhece-las na vida real. Mas, ele encara um grande problema quando seus pais descobrem, e ele foge de casa e se vê sozinho pelo mundo, vagando para não ter que voltar para casa e dar de cara com a fúria de seu pai e assim seu mundo desaba completamente.
Também vamos conhecer Avery nesse livro, um garoto que acaba de conhecer Ryan e estão num momento de esperar o tempo falar o que acontecerá com os dois, que posição irão tomar. Só que, Avery tem um segredo e precisa decidir se irá contar para Ryan que é transexual, mas o mesmo conta com o grande medo de que Ryan não saiba lidar muito bem com isso e não o aceite.
Dois Garotos Se Beijando foi o segundo livro que li do David Levithan. Li recentemente Todo Dia e é uma diferença tremenda principalmente da forma de escrita. “Dois Garotos Se Beijando” me desapontou muito nesse quesito, a escrita, David te introduz as histórias no meio do cotidiano e te joga muita informação de cara e pouco tempo para você respirar. O livro também não é dividido por capítulos, quando ele muda de uma história para outra é por um espaçamento de parágrafos e fica bem complicado no começo para você identificar quem é que passou por tal situação em tal parte da história porque isso acontece logo no começo, então requer atenção redobrada. Após você se acostumar com a escrita do livro você consegue fazê-lo fluir muito bem. Eu geralmente leio devagar, mas consegui lê-lo em 2 dias, o livro é pequeno e possui partes que realmente você lê muito rápido. Outro ponto negativo para mim foi a falta de diálogos. O livro contém muita narração e só para a metade você vê a presença constante de diálogos na história.
Por outro lado, um dos pontos positivos do livro são as frases que Levithan usa e que om certeza faz você refletir e absorvê-las. O livro mostra sem rodeios os dilemas de jovens e como a homofobia é capaz de destruir a vida de alguém. Não chega a ser pesado, mas foi importante Levithan usar esses momentos para mostrar que nem tudo são flores e que por mais que pessoas te odeiem por você ser simplesmente você, você também pode contar com pessoas que te amam e esse amor é que faz você suportar qualquer coisa. O livro não é uma boa leitura e com mensagens muito boas. Apesar de alguns empecilhos, pode se dizer que o conjunto da obra é bom e que vale a pena ser lido.
Por Leonardo Alves
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