Para fazer com que a verdade venha à tona, Flannery Culp, a dita líder do Clube, decide tornar público o diário que manteve ao longo do seu desastroso último ano de ensino médio. Agora que está presa por cometer um assassinato, a garota tem tempo de editar o que escreveu e revisitar a rotina que levava ao lado de seus sete melhores amigos. A narrativa de Flan, permeada de professores da pior índole, um amor não correspondido, aulas complicadas e jantares pomposos, comprova que ela pode até ser uma adolescente criminosa — mas, pelo menos, é uma adolescente criminosa muito inteligente.
O Clube dos Oito foi um livro que eu criei uma extrema expectativa. Sendo fã do trabalho de Daniel Handler em Desventuras em Série, estava com uma tremenda ansiedade para O Clube dos Oito, o primeiro romance do autor publicado em 1999.
Mas devo admitir que o livro me frustrou. Nele vamos conhecer o diário de Flannery Culp, uma jovem que é uma assassina e isso ela já nos entrega desde a primeira página. Seu diário vai narrar seus acontecimentos no cotidiano até o momento em que ela se torna uma das assassinas mais conhecidas dos Estados Unidos.
O livro leva o nove devido ao grupo de oito amigos em que Flannery faz parte, esses amigos se reúnem periodicamente em jantares um tanto sofisticados e exclusivamente deles, onde passam a noite desfrutando de música clássica enquanto comem. No decorrer da história Flannery vive episódios individualmente com alguns deles temos a oportunidade de os conhecer melhor.
O livro é recomendado para aqueles que estão a iniciar suas vidas de leitores e se aventurarem em suspense. Embora o livro seja vendido como um romance, a história explora os sentimentos e os relacionamentos de Flannery, uma garota aparentemente normal que passa por inseguranças como qualquer outro adolescente e que sofre ainda mais quando o assunto envolva relacionamentos. O livro pincela um tom sombrio de um suspense de você tentar adivinhar quem Flannery irá matar e o que exatamente levou a ela cometer este crime.
Em contra partida o livro peca em alguns aspectos. A escrita em primeira pessoa é algo que particularmente me frustrou ainda mais e no decorrer do livro, Flannery incrementa momentos do presente (já que ela vai narrando o passado até chegar no atual presente) e a forma como isso é agregada na história só faz com que confunda com sua cabeça e no final não tem muita utilidade. O plot twist do livro pode não ser encarado como de fato uma reviravolta para quem já tenha contato com livros do assunto pois já vemos histórias com a mesma premissa em alguns livros atuais. Resumindo, o livro me frustrou mas não é um livro que eu não recomendaria que ninguém lesse, levando em conta o ano de sua publicação existem até aspectos como homossexualidade que o autor trata sem rodeios e para o ano de 1999 isso com certeza era uma ousadia. O Clube dos Oito não é uma total decepção, em uma escala de 1 a 5 eu lhe dou a nota 3.
Por Leonardo Alves
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