– Você promete?
Ela sempre está atrás de mim. Estou debruçada à janela do hospital, mas a voz causa um formigamento na minha nuca. E eu me lembro dessa conversa, porque ela nunca chegou ao fim.
– Prometo o quê? – Pergunto, mas já sei a resposta.
Então a vejo fazendo uma coisa inédita. Ela se levanta, careca, magra, vestindo nada além de uma camisola hospitalar. Perfeita.
– Que vai parar de viver no passado. – Ela caminha até a mim e começa a trançar meu cabelo, como quando eu era criança. Quase posso sentir seu perfume, embora ela não usasse perfume no hospital. – A felicidade só vai te encontrar se você parar de se esconder.
– Tenho medo do futuro – sussurro.
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Danilo Leonardi nos apresenta quatro jovens distintos em uma fase muito complexa de suas vidas. Personalidades diferentes, mas que ainda com a falta de experiência para lidar com os dilemas da vida, vão procurar suas válvulas de escape em sexo, drogas e viver cada dia como se fosse o último.
Em Coisas Inatingíveis nossos protagonistas chegam perto de o que seria um Skins em forma de livro, eles vivem a lá vida louca regada aos prazeres da vida e ao ponto de até traficarem drogas. Uma leitura muito pesada, que em menos de 30 páginas ocorrem cenas de sexo e um estupro, então se prepare porque a situação tende a ficar a cada página mais pesada. Mas tem seu propósito esse tom no livro, para mostrar que aonde muitos jovens vão parar nessa fase de transição da adolescência para a vida adulta.
A história tinha bastante potencial, mas Leonardi se perde em alguns pontos e ao meu ver toma um rumo bem diferente do esperado. Ele trata muito bem questões como a autoconfiança e aceitação, também questões como autoestima e homofobia que são o tom ainda mais dramático do livro, mas que ele sabe abordar bem e completamente sem rodeios.
A narrativa de Dailo Leonardi flui bem porque o livro é realmente muito curto. Não somente no número de páginas, mas com capítulos muito rápidos onde tudo é desenvolvido com muito objetivo, sem dar voltas para render mais páginas. O mesmo reflete na forma de se falar sobre essa história, qualquer detalhe que se contar pode comprometer a leitura e a mesma deve ser feita sem muitas informações da história para se tornar algo chocante mesmo.
Com isso, pode-se dizer que Coisas Inatingíveis cumpriu seu objetivo de nos mostrar uma história complicada e como a vida é de fato, mas ainda assim o autor comente alguns deslizes em partes e é um livro que vai agradar mais quem já está acostumado com esse estilo de YA.
Em Coisas Inatingíveis nossos protagonistas chegam perto de o que seria um Skins em forma de livro, eles vivem a lá vida louca regada aos prazeres da vida e ao ponto de até traficarem drogas. Uma leitura muito pesada, que em menos de 30 páginas ocorrem cenas de sexo e um estupro, então se prepare porque a situação tende a ficar a cada página mais pesada. Mas tem seu propósito esse tom no livro, para mostrar que aonde muitos jovens vão parar nessa fase de transição da adolescência para a vida adulta.
A história tinha bastante potencial, mas Leonardi se perde em alguns pontos e ao meu ver toma um rumo bem diferente do esperado. Ele trata muito bem questões como a autoconfiança e aceitação, também questões como autoestima e homofobia que são o tom ainda mais dramático do livro, mas que ele sabe abordar bem e completamente sem rodeios.
A narrativa de Dailo Leonardi flui bem porque o livro é realmente muito curto. Não somente no número de páginas, mas com capítulos muito rápidos onde tudo é desenvolvido com muito objetivo, sem dar voltas para render mais páginas. O mesmo reflete na forma de se falar sobre essa história, qualquer detalhe que se contar pode comprometer a leitura e a mesma deve ser feita sem muitas informações da história para se tornar algo chocante mesmo.
Com isso, pode-se dizer que Coisas Inatingíveis cumpriu seu objetivo de nos mostrar uma história complicada e como a vida é de fato, mas ainda assim o autor comente alguns deslizes em partes e é um livro que vai agradar mais quem já está acostumado com esse estilo de YA.
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