Crítica | Veronica Mars - 4ª temporada



Em 2004 foi ao ar a primeira temporada de Veronica Mars, a série que revelou Kirsten Ball para o mundo no papel da detetive adolescente que ao buscar resolver o assassinato de sua melhor amiga entrou para o mundo investigativo auxiliando seu pai a desvendar diversos crimes que aconteciam na cidade de Neptune.

15 anos depois tivemos o lançamento de uma nova temporada, após os fãs da série terem feito uma vaquinha virtual para a produção do filme no ano de 2014. Com o enganjemto dos fãs a Hulu e o criador da série Rob Thomas decidiram convocar o elenco original e trazer o tão sonhado desfecho da história de Veronica em 8 episódios.

Sinopse:
As férias de primavera estão sendo de matar em Neptune, uma serie de atentados esta dizimando a indústria turística de toda a vida da cidade à beira-mar. Depois que Mars é contratada pelos pais de uma das vítimas para encontrar o assassino de seu filho, Verônica é arrastada para um mistério épico de oito episódios que colocará as elites ricas do enclave, que preferem pôr fim ao bacanal de um mês, contra uma classe trabalhadora que depende do fluxo de caixa que vem com o período de curtição.

O que achamos?
A cada cena é uma memória diferente que é ativada, a série começa com todo o cuidado do produtor de identificar o comportamento dos personagens principais (Veronica, Logan e Keith) com a essência do que foi construído ao longo dos anos e as escolhas pessoais ocorridas no filme da série.
Vemos um Logan mais maduro e finalmente lidando com sua raiva e com toda a tensão de ser um agente de elite do exército com sua terapeuta, Veronica e seu jeito sarcástico e totalmente independente e seu pai lidando com as sequelas do acidente que sofreu.
É bom ver que a narrativa foi muito bem construída com a história das bombas atreladas ao desenvolvimento do lado pessoal dos personagens e com o resgate do temperamento de Veronica e sua grande insegurança em dar o próximo passo com Logan.
A atração consegue trazer personagens secundário memoráveis que marcaram as 3 temporadas principais da série como o Detetive Leo e o fanfarrão Dick Casablancas que compõe ainda mais o sentimento de nostalgia e que em Neptune ninguém realmente vai embora.

Crítica principal (Com grande Spoiler).

No decorrer dos 8 episódio aprendemos ainda mais a admirar o Logan e a torcer para que a Veronica finalmente consiga se libertar de seus demônios pessoais, constantemente ela se recorda de que perdeu sua adolescência ao ser abusada sexualmente e ter perdido a melhor amiga através de um assassinato brutal antes de completar 17 anos e como esses fatos conseguiram tirar o pior dela e criar uma rachadura em sua vida que mesmo agora quando ela já está com quase 30 anos é impossível esquecer.
E finalmente quando ela decide que precisa se curar, precisa aproveitar a vida ao lado do seu amor de longa data e diz o tão esperado sim... O produtor MATA o grande amor de Veronica em um plot twist odiado pelos fãs.
Qual é... 15 anos torcendo pra esse casal enfrentar seus medos, superar toda a merda que a vida apresentou a eles e quando isso acontece ele morre.
A decepção não é com o fato de ter uma morte surpreendente, mas sim com a destruição do arco de redenção e crescimento que o Logan passou, de um bad boy com sérios problemas com álcool e violência a um cara que faz terapia e tenta todos os dias controlar a sua fúria e se dedicar a mulher que ama.
O Ator Jason Dohring disse em entrevista que levou muito tempo para aceitar que seu personagem deixaria o show dessa forma e que isso era extremamente difícil de lidar, bom se pra ele é difícil imagina para nós fãs.

Enfim, não há previsão de uma nova temporada para o show e depois desse final decepcionante, espero que não tenha mesmo, afinal não estaríamos vendo a nossa Veronica e sim uma nova mulher que mais uma vez perdeu tudo aquilo que a suportava e colheu o lado amargo da vida (outra maldita vez).


Por Jaqueline Ribeiro

Comentários