OUTER BANKS: O que achamos da 2ª temporada?


Finalmente Brasil, simmmmm a segunda temporada de Outer Banks está entre nós... 
Se vocês bem lembram, a primeira temporada de Outer Banks acompanhou John B e seus amigo Pogues, em uma caçada eletrizante ao tesouro afundado, juntamente com o Royal Merchant. No episódio final, vemos John B e Sarah fugindo após Ward colocar a culpa da morte da Sheriff Peterkin nas costas de B. E em meio a uma tempestade, eles são resgatados por um navio rumo a Nassau, onde o ouro -que os Pogues encontraram- seria levado por Ward.

Logo no início da segunda temporada acompanhamos os eventos pós desaparecimento de Sarah e John B. Um pequeno salto temporal, mostra o casal acordando no navio que os resgatou prestes a chegar a Nassau; enquanto os Pogues tentam lidar com a perda dos amigos, ao mesmo tempo que buscam de alguma forma vingá-los e provar que eram inocentes.

Enquanto em Nassau, John B e Sarah continuam sendo caçados, após o anuncio de uma recompensa; em Outer Banks, Kiara, JJ e Pope intercalam momentos entre as aulas e a investigação de Ward e Rafe, que está mais surtado que nunca. Inclusive, pausa aqui para enaltecer, e muito a atuação de Drew Starkey ele consegue com maestria trazer uma atmosfera assustadora em cada cena que se faz presente.

Se a primeira temporada era focada em John B; o segundo ano do show abre portas para os outros Pogues brilharem. A nova leva de episódio tem atos muito bem divididos. Do primeiro ao quarto episódio acompanhamos o "encerramento" da jornada de John B., culminando, não só no reencontro dos amigos, como também a verdade vindo a tona e a então liberdade do jovem. O segundo ato, é marcado pela introdução de uma nova problemática, um novo tesouro e uma nova caçada, também ligado ao Royal Merchant, mas que se conecta com Pope, o que ao meu ver foi genial, afinal o personagem não tinha tido tanto destaque, e agora o espaço para se mostrar, traz um novo gás a série, além de um vislumbre na versatilidade de Jonathan Daviss, que está incrivelmente sagaz e destemido.

Mas não se esqueça, eles são adolescentes, sendo adolescentes... Então atitudes idiotas são muito bem vindas - ou não- ao longo da história, o que chega a ser rizível em determinados momentos, onde sempre que tentam sair de algo, acabam entrando em outro problema, que variam de assassinos, piratas, vespas... E por ai vai.

Vale levantar que entrelinhas, Outer Banks busca fazer uma crítica ao falho sistema judiciário e como há privilégio entre classes. Nesta temporada, vemos muito mais sobre as famílias dos personagens. Ambas as personagens femininas [Kiara e Sarah] enfrentam confrontos com suas famílias principalmente a Kiara: “Mãe, pai, você simplesmente não entende! Eu sou um Pogue agora!”

Há, de fato, uma química incrivelmente familiar [dentro e fora do set] entre o elenco, suficiente e atraente para fazer esses laços [pogues] soarem verdadeiros e significantes para nos sensibilizarmos a cada atrito que ocorre.

O arco final, entrega uma cadeia de acontecimentos. Com reviravoltas de tirar o fôlego e revelações surpreendentes que nos dão um vislumbre do que podemos esperar em uma possível terceira temporada - PELO AMOR DE DEUS NETFLIX, FAZ ACONTECER!- 

A produção entrega TODOS os elementos essenciais para nos manter na frente da tela, prendendo a respiração até o último minuto. Uma trama muito bem amarrada, com uma fotografia impecável, um elenco entrosadíssimo e apaixonado, e reviravoltas impensadas são a marca registrada de Outer Banks.

A vibe Goonies de Outer Banks, agora é elevada a outro patamar, e eles precisarão lidar com outros desafios ainda maiores... E talvez lidar com a realidade que sempre quiseram e pensaram ter, pela primeira vez. Talvez, o conceito de família, sempre mencionado, se fará mais que necessário daqui para a frente. Mal podemos esperar para ver mais dos nossos Pogues.



As duas temporadas de Outer Banks estão disponíveis na Netflix.



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