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Sinopse: Cidade do México, 1970. A rotina de uma família de classe média é controlada de maneira silenciosa por uma mulher (Yalitza Aparicio), que trabalha como babá e empregada doméstica. Durante um ano, diversos acontecimentos inesperados começam a afetar a vida de todos os moradores da casa, dando origem a uma série de mudanças, coletivas e pessoais.
Roma conta a história de Cleo (Yalitza Aparício), uma jovem que trabalha como babá e doméstica para uma família de classe média do México. No decorrer da trama, Cleo engravida e é abandonada pelo pai da criança, ao mesmo tempo o patriarca da família para qual trabalha abandona o lar, deixando a mãe desconformada. Essas duas mulheres terão que encontrar forças para se curar da dor do abandono.
Escrito, produzido, dirigido, montado e fotografado por Alfonso Cuarón (Gravidade, A Princesinha, Filhos da Esperança) Roma foi o grande vencedor do Festival de Veneza e tem sido o grande destaque da plataforma de streaming Netflix. Toda comoção não é atoa, o filme é uma obra prima, da fotografia ao elenco.
Diferentemente do que alguns pensam, o título Roma não remete a capital italiana, mas sim um bairro mexicano de classe média onde se passa a história. Contudo, há referências que lembram o filme Roma, Cidade Aberta de Roberto Rossellini, como o preto e branco e as críticas sociais.
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Divulgação Netflix |
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Divulgação Netflix
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Juntamente com Adam Gough, que também assina a a fotografia e a montagem, Cuarón utiliza um formato de filmagem que preenche toda a tela, movimentando lentamente a câmera de um lado para o outro dando uma proximidade necessária para a história. Coroando tudo isso, temos a brilhante atuação de Yalitza Aparício que consegue transmitir toda a emoção e ingenuidade de sua personagem, e Marina de Tavira, que põe em prática toda sua experiência, ao contrário de sua parceira de cena que atua pela primeira vez, dando suporte a Yalitza.
Roma é complexo e simples ao mesmo tempo, tocante e emocionante, torno a dizer que é uma obra prima. O roteiro vai costurando manifestações políticos sociais com as vivências da família. Considerado pela crítica o melhor filme de Cuarón, Roma, traz a memória da infância, por ser uma semi-autobiografia, o que o torna um filme sobre laços, mostrando a complexidade da vida juntamente com as relações sociais de um país.
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Divulgação Netflix |
Por Cinthia Martiniano
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