Resenha | Invisível

Título: Invisível
Autor: Tarryn Fisher
Editora: Faro Editorial
Páginas: 254
Gênero: Suspense
Ano: 2020

Adicione: Skoob
Onde comprar: Amazon 
Sinopse: 
Margô mora em uma casa caindo aos pedaços, num bairro abandonado, com sua mãe que a ignora há dois anos. Ela se sente invisível, até que a amizade com Judah, seu vizinho cadeirante, muda suas perspectivas e a desperta. Quando uma criança de sete anos desaparece em seu bairro, Margô resolve investigar o caso com a ajuda de Judah e o que ela descobre a transforma por completo.
Agora, determinada a encontrar o mal, caçar todos os molestadores de crianças, torna-se a razão de sua vida. Com o risco de perder tudo, inclusive sua própria alma, Margô embarca num caminho sem volta... E o que isso diz a ela sobre si mesma? Por que decidiu fazer justiça? O que a tornou tão invisível?

Já vou começar com meus pedidos de desculpas, pois livro desse gênero eu não costumo ler. Mas ao ler a sinopse dele, algo me chamou atenção e eu decidi sair da minha zona de conforto e encarar essa leitura. Surpreendentemente terminei o livro mais rápido do que eu imaginei.

No livro somos apresentados a Margô, uma menina que tem de encarar uma vida completamente deprimente ao lado de sua mãe uma prostituta no interior dos USA. No princípio conhecemos os problemas que ela tem de superar para sobreviver e se formar no ensino médio. "Roubando"de sua mãe para conseguir comprar algo para comer, ela acaba aprendendo da forma mais difícil como se virar sozinha.

Vamos uma passagem de tempo e conhecemos a Margô de 19 anos, com seu próprio trabalho e sua identidade bem formada. Ela sofre uma grande crise de aceitação, sempre se denominando como a feia e gorda e sempre tentando viver nas sombras para que não seja julgada por ninguém.

Bone Harbor, cidade que ela mora é basicamente uma cidade esquecida no mundo por assim dizer, pois tudo e todos tem liberdade para fazer o que quiser sem ter uma punição. Desde uso e venda de drogas livremente até mesmo algumas outras coisas que vemos no decorrer do livro.

A vida de Margô começa a mudar quando ela inicia uma amizade com Judah, um cadeirante que a ajuda aos poucos a perder o medo e enfrentar seus problemas, entre um deles a "casa que devora". Vemos um sentimento bom de amizade surgir e também o desejo grande de poder ser melhor e não ser só o reflexo de uma cidade que desperta o seu pior.

Porém tudo começa a ficar um pouco confuso na vida e mente dela, quando por um acontecimento fatídico ela acaba comento um assassinato, ali ela começa a se questionar, quem ela é, o que ela pode fazer, como pode ser daqui pra frente.

Ao passarmos as páginas vemos uma simples meninas medrosa se tornar em uma mulher, forte e auto suficiente, virar uma justiceira para os fracos e oprimidos, A construção e desenvolvimento para o final da personagem é algo muito bem feito e descrito. 

Em certo capítulo fica no ar um acontecimento que acredito que deixa caráter do leitor o que acreditar. Deixando bem aberta a essa possibilidade em nossas mentes. Uma coisa que me chamou MUITO a atenção foi uma carta ao leitor que a autora fez logo após o epílogo que deixa uma reflexão bem interessante de como é o intuito desse livro.

Se você gosta de suspense vai amar, se não gosta, garanto que é um ótimo livro para tentar se aventurar em novos lugares. Super recomendo.

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