Resenha | A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes


Título: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes
Autor: Suzanne Collins
Editora: Rocco
Páginas: 576
Gênero: Distopia
Ano: 2020

Adicione: Skoob
Onde comprar: Amazon 
Sinopse: UMA HISTÓRIA DA SÉRIE JOGOS VORAZES. AMBIÇÃO O ALIMENTARÁ. COMPETIÇÃO O CONDUZIRÁ. MAS O PODER TEM O SEU PREÇO.
É a manhã do dia da colheita que iniciará a décima edição dos Jogos Vorazes. Na Capital, o jovem de dezoito anos Coriolanus Snow se prepara para sua oportunidade de glória como um mentor dos Jogos. A outrora importante casa Snow passa por tempos difíceis e o destino dela depende da pequena chance de Coriolanus ser capaz de encantar, enganar e manipular seus colegas estudantes para conseguir mentorar o tributo vencedor. A sorte não está a favor dele. A ele foi dada a tarefa humilhante de mentorar a garota tributo do Distrito 12, o pior dos piores. Os destinos dos dois estão agora interligados – toda escolha que Coriolanus fizer pode significar sucesso ou fracasso, triunfo ou ruína. Na arena, a batalha será mortal. Fora da arena, Coriolanus começa a se apegar a já condenada garota tributo... e deverá pesar a necessidade de seguir as regras e o desejo de sobreviver custe o que custar.

Suzanne Collins nos leva para Panem para momentos muito antes de Katniss Everdeen. Em Cantiga dos Pássaros e das Serpentes, vamos conhecer o passado de Coriolanus Snow, ainda jovem e com um grande peso do nome de sua família na Capital. Snow mora com sua avó e sua prima Tigris, está se formando na academia e seu sonho é cursar uma faculdade e realizar grandes feitos como seu pai fez. Nessa academia ele acaba se destacando e é eleito como mentor de um dos tributos do décimo Jogos Vorazes que está prestes a acontecer.

Partindo daí vemos uma narrativa intensa e com altos e baixos, dividias em três partes no livro. Coincidentemente, Snow acaba sendo direcionado como mentor da garota do Distrito 12. Essa jovem - Lucy Grey é o seu nome - é uma figura muito astuta e carismática, Lucy Grey é uma artista. Ama cantar e entreter as pessoas com sua voz, o que leva Snow a perceber em momentos que aquilo pode ser algo para ser usado ao seu favor, não só dentro da arena. 

A atmosfera do livro é uma completa nostalgia de estar retornando a esse universo. Mesmo que em circunstâncias muito diferentes, já que a Capital ainda está se adaptando com o pós-guerra, Panem é ainda muito atrasada comparado com o que vemos pelos olhos de Katniss, principalmente em questões morais e éticas. 

Suzanne Collins cria uma narrativa que é muito envolvente nas duas primeiras partes do livro. Onde na primeira vemos essa introdução a antiga Panem, seus personagens e cenários que ainda nem eram tão definidos. Na segunda vemos os Jogos Vorazes acontecendo de fato, e a autora mais uma vez trabalha muito bem em cenas de ação, tensões e diálogos eletrizantes que prendem o leitor. Porém, ao chegarmos na terceira parte acontece uma quebra de expectativa, pois vemos a história ir para um caminho que não da pistas do que poderemos ver como desfecho da história. 

Ao todo, o livro é regado a fanservice e foi adicionada uma carga de responsabilidade surreal ao Snow como uma das maiores cabeças do país. Sua construção em momentos não parece coerente com o que a autora apresenta no final do livro - onde ele é aquela criatura vil, sanguinária e corrupta que já conhecemos. Resumindo, a leitura é super válida para os fãs da saga, já que como dito, carrega muitas memórias e um sentimento único de nostalgia, mas fica a questão que se esse livro tivesse sido lançado logo em sequência após A Esperança, seria bem recebido pelo seu público?

A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes já está disponível para compra nas versões físico e e-book.

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