Em “Sra. Harris vai a Paris”, acompanhamos uma empregada doméstica na década de 1950, interpretada por Lesley Manville. Ela se apaixona por um vestido de alta costura da Dior. Motivada por essa paixão repentina, depois de receber duras notícias, ela decide que precisa desesperadamente ter um vestido igual e passa a fazer de tudo para economizar dinheiro para comprá-lo. Depois de receber repentinamente uma pensão de viúva de guerra, ela viaja para Paris para realizar esse seu mais recente sonho. Ela se depara com uma exibição da coleção de 10 anos da Dior e faz amizade com André, o contador da Dior, e Natasha, o rosto que representa a marca. No entanto, a diretora da Dior, Claudine, se ressente da intrusão de Ada no mundo exclusivo da alta costura.
O filme é uma adaptação do livro de Paul Gallico publicada em 1958 que teve uma única versão em 1992 intitulado “Um Sonho em Paris”, protagonizado por Angela Lansbury. Nesta nova roupagem, o diretor dá um toque de fantasia, nessa versão Sra. Harris é uma cinderela de meia idade cheia de sonhos e desejos e Fabian trata disso muito bem, pois os sonhos, em qualquer classe social, racial e idade, são importantes na construção da pessoa.
Apesar de ter duras críticas sociais à construção das bandeiras levantadas pelo filme, vou me abster delas, para dar espaço ao interesse primário do público. As questões técnicas.
o elenco entrega atuações condizentes com a necessidade da obra, uma narrativa leve, sem grandes aprofundamentos, mas que cativa e traz distração. A fotografia não decepciona nem surpreende, entregando algo agradável aos olhos, mas que não te fará saltar na cadeira de êxtase (nem acredito que esse tenha sido o objetivo).
Em todos os pontos o filme entrega o que se propõe a entregar, uma narrativa leve, que te fará pensar um pouco, mas sem se desligar do conto de fadas da terceira idade que vemos se desdobrar em tela.
Quem estiver entediado em uma tarde qualquer, “Sra. Harris vai a Paris”, é uma boa pedida para nos acompanhar na quietude sem causar grandes tumultos mentais.
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